sexta-feira, 16 de agosto de 2013

Coletiva Caio Jr "Vou colocar em campo o que eu achar taticamente melhor"



Após o treinamento na parte da manhã, o técnico Caio Jr. concedeu entrevista coletiva. O treinador falou sobre as dificuldades que serão enfrentadas contra o Cruzeiro, as dúvidas para armar a equipe, as novas contratações e as que podem chegar, retorno de Maxi e Dinei, Pedro Oldoni e mais. Confira!


Foto: Divulgação

Os jogadores que não vinham sendo titulares deram conta do recado, são os casos de Vander, Marquinhos, Pedro Oldoni. Agora, Dinei e Maxi estão liberados, como fazer para armar a equipe para o próximo confronto diante do Cruzeiro?
As interrogações que você tem são as mesmas que eu tenho (risos). Isso é bom, acho que está sendo ótimo, porque deixa para que eu resolva, reflita, ao analisar o Cruzeiro. Essa coisa de jogar de três em três dias, é quase que desumano, ninguém tem noção do que é. Porque você acaba um jogo, ganha, e não pode nem festejar, comemorar uma vitória, tem que estar totalmente ligado, focado no próximo adversário, as vezes você se confunde, é tanto jogo, tanto relatório, tanta coisa pra pensar, adversário para estudar. Então passa muito do que eu vi do Cruzeiro, do que eu vou ver ainda hoje na viajem, não tem necessidade de treinar, é mais recuperar. Me preocupo por exemplo: O Euller teve câimbras no final, lógico, um menino, o lado mental pesa também, outro dia o Magal teve esse problema, então vamos ver como ele está se sentindo, como ele vai reagir nesse jogo. O Luís Alberto também foi um que não jogava 90 minutos a bastante tempo, o Vander já jogou dois jogos 90 minutos, então tem alguns detalhes importantes para analisar em relação a isso. E tem os jogadores que estão crescendo, que é o caso do Vander, acho que ele está merecendo, e por isso que estou estudando qual a ideia, principalmente, porque eu tenho a volta do Michel, do Maxi e do Dinei, então eu vou colocar em campo o que eu achar taticamente melhor. Só que além disso eu tenho que pensar que quarta-feira nós teremos jogo aqui, sábado com o Santos e na terça contra o Coritiba, então serão 4 jogos no prazo de 10 dias, vou ter que estudar bem um certo revezamento com alguns jogadores, como eu fiz com o Michel nesse último jogo, o jogador tem que estar inteiro. O próprio Maxi, se a gente realmente forçasse, ele iria para o jogo contra a Ponte Preta, ele tinha dores musculares e não lesão, mas foi na medida certa, ele está inteiro agora e com toda energia.

Mesmo você tendo algumas dúvidas, não teve coletivo, é muito por conta dessa correria do campeonato, tem que dar um descanso para o jogador, não só na parte física, mas também, mentalmente?
Com certeza, eu não sou muito a debito nem do coletivo e nem do recreativo, eu gosto de trabalhos táticos. Mas nesse momento, o coletivo eu faço quando treinam os reservas contra os juniores, isso é coletivo. Agora os titulares, é muito mais recuperação, hoje foram 15 minutos só, para que eles suassem, reagissem. Mas o mais importante é o trabalho de recuperação, principalmente no gelo, por incrível que pareça, o principal aliado é o balde de gelo que eles fazem, de vez em quando até eu faço, para recuperar o gelo é muito legal.

O Vitória só não está no G4, porque perde nos critérios de desempate. Poderia estar melhor se vencesse fora de casa, o que acontece com o psicológico dos jogadores quando não jogam no Barradão?
A gente tem no Brasil essa questão, eu observei, por exemplo, que no Japão não existe isso, o mundo Árabe também não, porque não tem o fator campo. Mas aqui no Brasil, a mídia influencia um pouco, o torcedor também, principalmente a mente dos jogadores. Ele sente que em casa tem mais apoio, nosso campo, quem não conhece tem dificuldade, e eu acredito muito nisso, nós temos que ter uma postura mais forte fora de casa. Tivemos alguns jogos como exemplo, eu nem vou falar do jogo contra o Náutico, porque foi antes da Copa das Confederações, o único que nós ganhamos, mas vou falar do jogo contra o Coritiba, que marcou esse grupo fora de casa, nós fizemos um grande primeiro tempo e foi um pouco injusto o que aconteceu lá, ao meu ver. Então, acho que precisamos ter uma postura mais competitiva, ao longo de todo o jogo fora de casa, até porque são 2, Cruzeiro e Santos, e em campos que são difíceis, o Mineirão vai ser um grande desafio para nós. Passa muito por isso, para a gente definitivamente mostrar que temos condições de brigar pelo grupo de cima, é pontuar fora de casa.

O Thiago Carvalho e o Ayrton estão chegando para reforçar o time, o que falar destes dois atletas?
Nós precisamos. Primeiro a saída do Gabriel, necessitamos urgentemente de reposição, e o Thiago Carvalho, as recomendações são excelentes, eu me informo com pessoas que trabalharam com o atleta, sempre, na parte técnica e física. Na parte física, tranquilo, e na parte técnica, as informações são ótimas. O Ayrton eu já conheço um pouco mais, porque ele jogou no Coritiba, foi titular um bom período na época do Marcelo, o Coritiba fez grandes campanhas. Se destacou a ponto do Palmeiras investir nele, agora passou um período sem jogar no Palmeiras, e nós conseguimos uma coisa que foi muito legal. Acho que são dois grandes reforços, que vão fortalecer bastante o grupo.

Dimas foi para o banco no jogo contra a Ponte Preta, ele começa jogando no sábado?
A tendência é essa, difícil você improvisar de novo, por exemplo, improvisar quem agora? o Reniê? Cáceres? então a improvisação é sempre mais difícil, e eu acho que nesse caso temos que dar crédito ao Dimas, ele fez um jogo apenas, foi contra o Atlético-PR, não foi mal, suportou bem, em um jogo que nós ganhamos, mas é um menino da casa, assim como o Euller, aconteça o que acontecer, ele vai ter sempre o meu apoio e não vou mudar minha opinião com relação a isso, é um jogador de futuro do clube.

O Ayrton chegou para resolver um problema, o Vitória fez poucos gols de bola parada, e ele parece ser especialista no quesito. Outra coisa, é que a diretoria já promete mais dois reforços para a semana que vem, quem sabe, e aí está envolvido um atacante que você precisa?
 A questão do André Lima foi terrível, jogador que o clube investiu, e agora sem ele, nós precisamo pensar, apesar que nós temos o Dinei, o Oldoni e o Rômulo, mas é muito longa a competição. Eu tenho a projeção de passar a Sul Americana, eu acredito muito nessa possibilidade, é difícil? é, e se passarmos o desgaste vai ser terrível, viagens pela América do Sul, então nós temos que nos prevenir antes, porque depois quando não puder mais contratar não tem jeito, então, talvez esse seja o caminho.

Todo mundo sabe que vai ser um jogo difícil contra o Cruzeiro, o vice líder do campeonato que ainda não perdeu no Mineirão, mas eles vão ter 4 desfalques importantes, esse é o momento do Vitória aproveitar?
Veja só como o trabalho daqui é bom, o Cruzeiro tem o Júlio Baptista para estrear, o Dagoberto fora, tem o Willam que pode substituir o Luan, um menino espetacular que saiu daqui novo. Então tem uma capacidade de investimento muito superior ao Vitória, mas a campanha está muito parecida, eu fico muito orgulhoso de ver uma equipe que tem orçamento bem menor, disputar palmo a palmo com essas equipes maiores. Então, eu acho que teoricamente o Cruzeiro é favorito, e tem que ser por tudo isso que acabei de falar, jogar em casa e tal... Mas nós precisamos realmente, mostrar um pouquinho mais fora de casa, acho que chegou a hora, apesar de ter dificuldades na escalação, jogadores jovens, como o Euller e o Dimas, nós temos que acreditar nessa possibilidade de ganhar o jogo lá no Mineirão, seria fantástico, realmente um feito, porque estaríamos muito próximos da liderança. Eu acredito o tempo todo nessa possibilidade, foi assim que fiz o grupo do Paraná de 2006 acreditar, que havia a possibilidade de classificar para a Libertadores, e até a última rodada aquilo parecia que era impossível, e nós conseguimos. Se depender de mim, a gente vai até a última rodada também aqui.

O que você achou que o Vitória perdeu com a saída de Maxi, e o que vai ganhar com o seu retorno?
O Maxi vive um grande momento, o melhor da carreira, o adversário tem receio dele, isso é muito importante. Ele preocupa o adversário, agora se ele não estiver 100% não preocupa tanto o adversário, até porque ele não vai conseguir render. Acho que essa parada, restabeleceu a energia do Maxi, conversei bastante com ele hoje, e ele está com a anergia toda de novo,  tenho certeza que nesse jogo ele vai voltar a fazer uma grande  exibição.

Então é grande a sua felicidade com o retorno do ataque considerado titular, o Maxi e o Dinei?
É, mas eu tenho dúvidas, uma ou duas, pra ver qual vai ser a melhor ideia, para começar o jogo no aspecto tático. Essa dúvida aí, eu vou levar e vou definir amanhã, um função do que achar melhor pra começar, porque as vezes é melhor começar de um jeito e terminar do outro, principalmente porque o adversário vai impôr um ritmo forte, como no caso do Corinthians que jogava com 3 atacantes, tomamos um gol cedo no primeiro e outro no segundo tempo, isso foi decisivo, espero que não aconteça em Belo Horizonte.

O Pedro Oldoni é essa dúvida com relação ao ataque?
Não, o Oldoni é um jogador que vai aos poucos entrar, quando tiver a oportunidade, foi muito legal ele ter estreado, acho que ganhou o espaço do Rômulo, que não está indo nem pro banco. A disputa tem que ser assim mesmo, sadia, difícil para o Rômulo, mas o Oldoni ganhou espaço nesse momento, a briga continua daqui pra frente.

Por: Cássio Santos (@cassioECV) / tudosovreecvitoria.blogspot.com.br


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