O zagueiro Fabrício foi o autor do segundo gol Rubro Negro na vitória por 2 a 1, frente a equipe da Portuguesa. O "Salvador da Pátria" concedeu entrevista coletiva na tarde desta segunda-feira (05) e comentou detalhes do bate-papo com o Camacho antes de bater a falta que ocasionou no gol, a conversa no vestiário, relacionamento com a torcida, começo difícil no Leão, provável titularidade na quarta-feira e convocou a torcida para lotar o Manoel Barradas contra o Fluminense. Confira!
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Foto: Divulgação |
Antes de cobrar a falta, você e o Camacho ficaram conversando, o que aconteceu naquele momento?
A gente sempre treina bastante e até ontem a gente não tinha sido premiado com um gol, tanto eu, Camacho, o próprio Cajá que treina bastante. Eu me senti confiante como ele tava, a gente conversou ali, tanto eu como se ele batesse, eu tenho certeza que iria ser gol, esse grupo merece.
Descreve um pouco esse diálogo com o Camacho.
Quando eu peguei a bola, ele veio em minha direção, a gente conversou. Ele falou pra mim que tava confiante, eu também falei, ficamos naquela ali, chegamos em um consenso né. Acho que naquele momento, ele sentiu minha firmeza, tanto que na mesma hora cedeu a chance ali pra mim e me deu todo o apoio para poder bater.
Como foi o alívio após o gol?
Muito importante, ainda mais do jeito que foi o jogo, passamos bastante adversidade durante o jogo. A Portuguesa principalmente no primeiro tempo, teve a chance de sair com 3 x 0, claramente. Mas foi como a gente conversou no intervalo, em nenhum momento desacreditamos que poderíamos sair com o resultado positivo e foi essa força nossa, esse pensamento positivo fez com que a bola entrasse na falta.
Geralmente nos treinos você cobra forte, por que resolveu bater a falta colocada?
Eu treino colocado também, a falta foi um pouco difícil, no lado que não é tão bom para o canhoto bater, mas fui feliz ali, contei com um desvio na barreira que cominou com um gol importante pra gente.
O relacionamento da torcida com o time não está muito bom, o que fazer para mudar isso?
A gente entende o torcedor, a cobrança, mas como eu falei, a gente trabalha, independente do torcedor, que é muito importante pra gente, nós confiamos no nosso trabalho. Viemos trabalhando bastante aí, sempre em baixo de críticas, sendo posto a prova, não foi diferente no Baiano, não está sendo diferente no Brasileiro, acho que até um pouco injusto, até porque contra números não tem argumentos. A gente já cansou de provar, principalmente dentro de casa, mas acho que não vai ser diferente a cobrança em cima da gente, precisamos do torcedor apoiando a gente, essa foi a maior prova que podemos dar para eles e tenho certeza que na quarta-feira eles vão lotar aqui e apoiar a gente.
Como foi a conversa no vestiário durante o intervalo da partida?
Primeiramente para se acalmar, tentar esfriar a cabeça em um momento difícil que estávamos ali, para depois falarmos das coisas táticas e posicionamento. Baixamos os nervos, ganhamos um tempinho a mais, porque os refletores estavam desligados, até isso Papai do Céu ajudou a gente, deu esse tempinho para podermos nos acalmar e reacender aquela chama positiva, pra voltar e conseguir a vitória.
Você conversou com o Renato Cajá, que saiu chateado da partida?
É uma situação complicada, ainda mais o Cajá, que é um jogador importantíssimo pra gente, mas ele já está mais calmo, sabemos do potencial dele, o que ele pode trazer, não vamos deixar ele se abalar e tenho certeza que daqui pra frente isso vai acabar e o torcedor vai abraçar ele de novo.
Quando acabou o jogo, Caio Jr. entrou no campo e foi abraçar vocês, aquela atitude foi para demonstrar a união do grupo?
Com certeza, acho que nos momentos mais difíceis que a gente vai precisar mais ainda do apoio, sei que é difícil, mas são nessas horas que a gente precisa e a demonstração do Caio foi a de que o grupo se tornou uma família e ele como nosso líder é o nosso pai né. Então aquilo ali, foi um desabafo dele com relação a situação do jogo que passamos muita dificuldade. Foi como eu falei, em nenhum momento a gente duvidou da nossa capacidade, nosso trabalho e essa confiança na gente mesmo, fez aquela bola entrar.
Você começou no Vitória jogando de lateral esquerdo improvisado, depois ficou um tempo de fora e agora, provavelmente, será titular na próxima quarta-feira, como está sua cabeça?
Eu cheguei no Vitória, tive um momento difícil no começo, depois do jogo contra o América de Natal, eu engatei em três lesões, uma coisa que até então nunca tinha acontecido em minha carreira, mas consegui dar a volta por cima, trabalhando. Como eu falei, o grupo aqui é muito unido, muito nivelado, não tem titular, não tem reserva, o importante é todo mundo estar com o mesmo objetivo de conquistar os pontos que são principais neste campeonato.
Qual a importância do jogo contra o Fluminense?
É um jogo de 6 pontos, um concorrente que está disputando com a gente ali, vamos ver com o professor Caio, pra tentar neutralizar as principais jogadas deles, principalmente Fred, pra sairmos vitoriosos e continuar nessa caminhada importante.
O que você diria ao torcedor que vem ao Barradão na quarta-feira?
Para confiar em nosso grupo, a gente mostrou isso no Baiano e não vai ser diferente no Brasileiro. Que ele confie na gente, é um grupo que está trabalhando muito, com muita humildade, nós estamos fortes e com o torcedor vamos ser muito mais. Que venha para torcer, de coração aberto, disposto a apoiar a gente do começo ao fim e com certeza a gente vai dar o que eles merecem.
* Informação corrigida: O Fluminense conseguiu efeito suspensivo e Fred vai para o jogo.
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