quinta-feira, 5 de setembro de 2013

Coletiva técnico Ney Franco: " Essa equipe do Vitória têm alma"



O novo treinador rubro negro, Ney Franco, concedeu sua primeira entrevista coletiva como técnico do Vitória. Ney comentou sobre o jogo, o porque de dirigir a equipe já nesta quarta-feira, contratações, categorias de base, o que fazer a partir de agora, e mais. Confira!


Foto: Divulgação EC Vitória


Qual sua análise da partida?
Eu acho que o jogo teve dois momentos. O resultado não foi o que gostaríamos, mas dentro da dificuldade que foi o jogo, e fiz questão de dirigir a equipe hoje, eu poderia muito bem me apresentar ao Vitória e assistir da cabine, mas em função de termos uma partida no sábado e não haverá muito tempo para treinamento, eu já quis utilizar o jogo de hoje para ter esse contato, estar na lateral, ver a reação dos atletas, aos pedidos, antes, e no intervalo do jogo. Uma coisa eu percebi, essa equipe do Vitória têm alma. Eu acho que no sábado a gente já consegue manter o padrão ou desempenho que a equipe têm dentro de casa, e realmente em termos de pontuação o que precisa fazer é um ajuste, para que o time possa pontuar fora de casa.

Você está chegando agora, mas já são 4 derrotas seguidas. Você acha que vai ter que trabalhar mais a parte técnica e tática ou o emocional do grupo?
Eu acho que é um pouquinho de tudo, inclusive agora no vestiário a gente já conversou um pouquinho, já entrei nesse lado emocional, joguei os atletas pra cima, me peguei muito ao segundo tempo realizado. No primeiro tempo tivemos um pouco de dificuldade na definição da marcação do Elias, porque ele jogou como meia, o André fez o volante pelo lado esquerdo e a nossa equipe se perdeu. No momento em que teve o intervalo, que a gente conseguiu parar o jogo, no futebol é muito difícil você trocar essas informações na lateral do campo, a equipe já teve um segundo tempo melhor. Então eu percebi que emocionalmente essa equipe está pronta a responder aos nossos comandos, porque a gente fez um segundo tempo muito bom, embora não tenhamos criado muitas chances de gols, passamos a ter o domínio no meio campo, logicamente não deixamos o Elias jogar. Emocionalmente a equipe está muito afim de uma mudança, e a gente espera ter essa competência no jogo contra o Atlético Mineiro no sábado, para já conseguirmos um resultado melhor.

O que fazer para retomar os caminhos das Vitórias?
Esse campeonato tem um princípio básico, você tem que pontuar dentro de casa, ganhando jogos, e têm que ter a competência para fora de casa, conseguir a pontuação. Então nossa fala com os atletas é isso, eu acho que o trabalho é mais de mobilização mesmo, estou pegando uma equipe que foi bem trabalhada pelo Caio. Ela tem uma forma de jogar bem definida, com os jogadores sabendo a posição de cada um, a real função com a posse de bola, sem a posse de bola. Eu tenho que usar esses aspectos positivos, para que a gente possa colocar esses jogadores em campo de novo no sábado, recuperados fisicamente e emocionalmente da derrota de hoje. O jogo de hoje já deu para fazer algumas observações e tirar conclusões pra que a gente possa de novo ter uma retomada de vitórias dentro do campeonato Brasileiro da forma que foi no início da competição.

Com relação a contratações, você já sugeriu algum nome?
Primeiramente a gente vai tratar internamente. Estou chegando agora no clube, então hoje foi a primeira avaliação de um jogo fora de casa, a equipe do Flamengo precisava também urgentemente de uma vitória, eu acho que é assunto pra gente conversar depois do jogo contra o Atlético Mineiro. Vamos ter praticamente uma sessão de treinamento para preparar a equipe para o próximo jogo, e passando a segunda partida em casa, eu quero fazer uma avaliação melhor do elenco, até porque ele não está todo aqui. Eu tive contato apenas com 20 atletas do Vitória, temos mais atletas lá, e também eu tenho que lembrar que o Vitória é uma equipe formadora de jogadores. Quero conhecer primeiro as categorias de base, principalmente de imediato a categoria sub 20, pra gente fazer uma avaliação do elenco como um todo, para definir essa questão de contratação. Lembrando que estamos em um momento que o mercado também não te oferece muitos jogadores para contratação.

Com quantos jogos, você acha que o time começa a ter sua cara?
É difícil a gente ter uma avaliação. Taticamente eu não vou mudar muito essa equipe do Vitória, o que eu percebi é que em alguns momentos a gente vai ter que definir algumas situações de marcação. O momento de marcar o adversário na frente e não deixar sair jogando, marcar mais no campo do adversário, como fizemos no segundo tempo. As mudanças no intervalos surtiram efeito, embora não tenha conseguido empatar no mínimo o jogo, nosso gol saiu muito no finalzinho, a gente já tinha procurado ele desde o início. Mas vamos tentar fazer esses ajustes de trabalhar mais dentro do campo do adversário, tanto com a posse de bola, como a marcação mais avançada.

Como é pegar um time em crise e estrear com derrota?
Eu cheguei em um momento no qual o Vitória teve por opção a troca de treinador, e eu tive o convite. O que me motivou a pegar essa equipe, principalmente, a qualidade técnica que esse elenco têm. Eles não começaram o campeonato Brasileiro permanecendo algumas rodadas no G4 por acaso, então eu conheço muitos jogadores do elenco. Logicamento o campeonato brasileiro é muito difícil, me cabe primeiramente fazer um trabalho no qual o Vitória possa fugir da zona do rebaixamento, e depois ter um gás para tentar trabalhar de novo no G4, da forma como a equipe trabalhou no início do campeonato.

O que fazer a partir de agora?
Temos muito trabalho pela frente, eu encontrei com os jogadores pela primeira vez ontem a noite, fiz essa questão de dirigir o time hoje, porque praticamente é a "forma" de treinamento para o jogo de sábado onde já conheço melhor o grupo.


Por: Cássio Santos (@cassioECV) / tudosovreecvitoria.blogspot.com.br

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