terça-feira, 30 de julho de 2013

Coletiva: André Lima "Vou estar torcendo pelos meus companheiros e tenho certeza que eles vão jogar por mim também."

 André Lima chegou para a coletiva de hoje (30) de moletas, joelho imobilizado e semblante abatido. Mesmo assim, concedeu entrevista, demonstrou seu sentimento nesse momento difícil e agradeceu ao carinho do torcedor e do E.C Vitória.
Agora é hora de apoiar esse Guerreiro (como o próprio gosta de ser chamado) e quem sabe em um futuro próximo ele venha a ajudar nosso Clube.  



Explica um pouco a sua percepção do lance:
Quando eu subi, houve o contato natural com o jogador adversário e quando colocou o pé que senti o joelho estalar, eu automaticamente dei um salto, meio que dando uma cambalhota já pensando no pior. Senti uma dor muito incômoda aonde tive a fratura, mas sabia que o time não iria ficar com 11, tanto que voltei, meio que pulando, ainda "cabeceei" uma bola na defesa, mas eu sabia que alguma coisa tinha acontecido, tanto que deu um estalo no meu joelho e quando de madrugada fizemos um raio-x, constatou-se a fratura. Coisas do futebol, não tem jeito, é mais um obstáculo que eu vou passar, disso eu tenho certeza.

Você participa da decisão sobre a cirurgia acontecer em Salvador? E se você tem o desejo de tratar a fratura aqui no Vitória ou não?
Olha, a minha confiança é plena no Clube, que tem estrutura para isso. Mas como o Doutor disse, nós estamos conversando para ver o que será feito. Entra a questão também do Clube da China que é detentor do meu passe e tem que ser avisado, então essa parte mais burocrática, sinceramente, nesse momento eu não tenho nem cabeça para pensar nisso. Pra mim está sendo muito difícil essa situação, eu tinha certeza que ia ajudar muito esse Clube, fui muito bem acolhido aqui principalmente pelos funcionários e atletas, tenho recebido muitas mensagens da torcida, de carinho e de respeito. Desde já agradeço o carinho de todos e o que posso dizer é que vou fazer o máximo para voltar o mais rápido possível, dentro das limitações da operação. E esperar, ver o que vai acontecer, realmente não era o que eu queria, o que o Vitória queria, gostaria de estar dando entrevista de outro jeito, falando de outras coisas, mas infelizmente aconteceu, futebol é assim. Volto a repetir, eu sou um Guerreiro, quando coloco a cabeça no travesseiro durmo tranquilo, porque eu tenho uma família abençoada eu sou muito abençoado, agradeço muito por isso e graças a Deus, todos os Clubes que eu passei, fiz grandes amigos e todos os Clubes deixaram as portas abertas e o Vitória hoje está me dando esse suporte, quanto a isso não me preocupo muito, só me focar na recuperação.

O que você pode falar para o torcedor Rubro Negro neste momento, será que existe alguma chance de continuar por aqui no futuro?
Na verdade para o torcedor eu tenho que pedir desculpas, porque eu queria jogar, ajudar, fazer gols. Joguei muitas vezes contra o Vitória aqui no Barradão e sempre vi a torcida fanática que eles tem, o estádio lotado. Primeiramente eu penso na minha recuperação, não sei quanto tempo vai demorar, posso voltar ou não a tempo de jogar uma ou duas partidas do Brasileiro. Mas eu tenho mais dois anos de contrato na China, acho que tudo é possível e parte muito de mim também, eu sou um cara que por onde eu passei sempre me identifiquei e dei o máximo e não vai ser aqui no Vitória que eu não vou fazer isso. Então eu penso sim em futuramente uma possível prorrogação de contrato, enfim, o que tiver que fazer para pagar, porque o Clube investiu em mim, devido uma fatalidade aconteceu isso. Então, o torcedor rezar por mim, pela minha recuperação, agradecer o carinho que eu recebo de todos e pedir desculpas, na verdade, nem sei se essa seria a palavra exatamente, vou estar torcendo pelos meus companheiros e tenho certeza que eles vão jogar por mim também.

Você já teve lesão no joelho anteriormente, o que fazer para superar mais essa batalha?
Acho que é um procedimento normal, primeiro é tomar a decisão certa, os médicos para operar, tem toda aquela cartilha do pós operatório, fisioterapia. É se apegar na família, e tenho uma família muito boa, que me apoia muito e fazer tudo que os médicos pedem, eu disse, sou um Guerreiro e busco sempre dar o meu máximo, independente se eu estiver na cadeira de rodas ou não. Eu vou tentar sempre me doar e é o que vai acontecer aqui, no Grêmio em 2011, era para estar de volta em 6 meses, eu voltei em 4 meses a jogar bola. Então é muito de jogador para jogador, pode durar os 6 meses ou pode durar mais, sinceramente eu não sei, da minha parte eu vou me dedicar o máximo para que o mais rápido possível, se houver tempo, eu  possa voltar para poder disputar uma partida pelo Vitória

Qual a motivação neste momento?
Motivação eu tenho, por mim, pela minha família, pelo Vitória que me abriu as portas, pela estrutura que o Clube tem, o carinho que o torcedor está me dando, pelos funcionários também, isso me motiva cada dia mais e eu tenho que me recuperar, se eu não fizer por mim, ninguém vai fazer. Primeiramente é confiar em Deus, eu confio, se ele colocou esse obstáculo na minha frente, é pra mim aprender, alguma coisa que lá na frente eu vou ganhar.

Por: Cássio Santos (@cassioECV) / tudosovreecvitoria.blogspot.com.br

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