sexta-feira, 9 de agosto de 2013

Coletiva Caio Jr: sobre jogo contra o Corinthians "É difícil mas não é impossível"



Após o treino desta sexta-feira, o técnico Caio jr. concedeu entrevista coletiva e falou das dificuldades de enfrentar o Corinthians no Pacaembu, os desfalques da equipe e opções para substituição. Tratou de situações individuais de Rômulo, David Braz, Vander, Cajá e Leilson, além de rejeitar a possível contratação do meia Vitor Júnior. Confira!





Todos os jogos no Brasileirão são difíceis, mas enfrentar um Corinthians no Pacaembu é um jogo diferenciado, não?
Com certeza, já tive essa experiência em algumas oportunidades, inclusive, nesses dois últimos anos, contra o Corinthians do Tite. Com o Botafogo em 2011 nós ganhamos do Corinthians por 2 a 0 e ano passado dirigindo o Bahia, empatamos aqui em Pituaçu por 0 x 0. Então eu já tenho uma experiência, vamos dizer assim, contra essa equipe e tive outros jogos que perdi, mas é uma forma de jogar que vem sendo repetida com sucesso, pelo brilhante trabalho do Tite e se você não entender isso, realmente não suporta a pressão no Pacaembu, principalmente pela torcida né. A torcida do Corinthians empurra o time o jogo inteiro e você tem que saber suportar a pressão, mas tem que ter alguma coisa no aspecto ofensivo. É nesse sentido que estou trabalhando, para a gente tentar ganhar o jogo. É difícil? claro que é, mas não é impossível, nós temos uma estratégia e vamos colocar em prática.

Você não vai ter o Escudero para a próxima partida, pode pintar o Vander, o Cajá, mas um outro volante, também seria opção?
A gente precisa entender como joga o Corinthians, uma equipe de muita velocidade, imprime um ritmo forte o jogo inteiro, como eu disse, já tive experiências contra esse Corinthians e sei como tem que fazer, agora uma coisa é a teoria, a outra é a prática. Nós temos que colocar isso lá no campo e os jogadores entenderem, eu vou trabalhar muito a parte teórica com eles, mostrar vídeo, qual a intenção do jogo e na verdade dois jogadores estão vetados, o Dinei e o Escudero, então eu vou substituir os dois, tenho que encontrar uma solução voltada para a ideia desse jogo, mas não vou dar dica.

Como você vai trabalhar o psicológico do seu grupo, para suportar a pressão no Pacaembu?
Eu acho que mostrar para eles a experiência que eu já tive com outras equipes que foram positivas, lá. Lógico que todas as equipes tem seu ponto forte e fraco, o Corinthians não tem quase nada de ponto fraco, esse é o segredo, uma equipe muita competitiva. Então nós temos que ter o nível de competitividade igual, se não, não consegue suportar. Mas como já tive experiências positivas, acho que dá para os jogadores acreditarem em ganhar o jogo. 

Com a lesão do Dinei, quem está na frente na "briga" pela vaga, Rômulo ou Pedro Oldoni?
Eu diria que a previsão do Dinei é de uma semana fora, então a uma possibilidade grande do Rômulo ter chance, eu acho que chegou o momento em função do Dinei estar jogando sempre, dificilmente ele foi substituído. Então é uma hora boa, acho que o Rômulo está preparado para ocupar esse espaço agora.

O Vitória ainda não conseguiu vencer as grandes equipes de São paulo, jogando em São Paulo, essa quebra de tabu, pode ser trabalhada dentro do grupo?
Eu acho que números de outros campeonatos pra mim não servem, o que serve é o momento e os nossos números são muito bons, nós estamos no G4, junto com outras equipes, está todo mundo com 19 pontos, tudo em aberto, mas o mais importante é que estamos acompanhando esse grupo da frente é isso que importa. Eu até queria fazer uma colocação assim: Não se pode analisar que o Vitória teve queda de rendimento depois da Copa das Confederações, isso é um erro de avaliação, na minha opinião. Porque nós fizemos 5 jogos antes da Copa das Confederações onde o nosso percentual de pontos foi muito acima da média, nós ganhamos três de cinco e empatamos um, 70% de aproveitamento, ninguém faz 70%, é difícil e se o Vitória conseguisse depois de 38 jogos seria uma façanha. Então em 5 jogos é mais possível, agora 12 jogos?
 Então, a nossa média depois da Copa das Confederações é uma média ótima, entre 50 e 55% de aproveitamento é essa média que eu espero que a gente chegue até o final. É o que eu projeto para o último jogo do primeiro turno, faltam ainda 7 jogos para acabar o primeiro turno, essa é minha projeção, para daí poder disputar os primeiros lugares no segundo turno.

O Vitória é uma das equipes que menos finaliza no campeonato, porém tem um dos melhores ataques, como você analisa essa situação?
Eu acho que nós temos que melhorar esses números e por isso que eu mudei a equipe no último jogo. O Escudero fez uma função mais ofensiva  e deu certo, no primeiro tempo foi muito melhor, chegamos muito mais que o Fluminense, aliás foi um primeiro tempo de luxo, então estou buscando melhorar nesse aspecto. Acho que nós precisamos criar mais, mas de qualquer maneira é uma equipe equilibrada que na média fez mais gols do que tomou, está entre os primeiros, porque justamente, tem equilíbrio.

O Vitor Júnior que está em disponibilidade no Internacional, vem sendo especulado, o que falar desse jogador?
O Vitor Junior é um jogador com as características do Cajá, Camacho e nesse momento com a contratação do Camacho eu acho que esse espaço fica difícil de investir, talvez tenhamos que investir em uma ou outra posição para compôr o elenco, no nível do Andre Lima por exemplo. Porque Copa Sul Americana e Brasileiro, se Deus quiser, passar pela primeira fase, fica difícil com o elenco reduzido que eu tenho hoje, mas acho que nessa posição não precisamos.

O Nino trenou hoje em separado, qual a situação dele?
Para esse jogo está vetado, mas a minha expectativa é de que o Nino fique pronto na semana que vem. A projeção com o Mansur foi ótima, projetamos ficar no banco contra o Fluminense, ele ficou, entrou e já está no grupo. O Nino seria um grande reforço para quarta-feira.

Explica um pouco a situação do David Braz, que não caiu no agrado da torcida e anda dizendo que não teve oportunidades.
Essa é uma situação bem difícil, quem trouxe o David para o Vitória fui eu, uma indicação minha, tinha sido jogador meu no Palmeiras e com a nossa desclassificação para Copa do Nordeste, houve um desgaste individual muito grande e uma situação que foi resolvida internamente, principalmente em nível de direção, que o melhor caminho seria ele não fazer parte do grupo, foi uma situação que eu acabei acatando e infelizmente esse tipo de situação acontece, não é o que eu gostaria, mas aconteceu e ponto final. A gente entende que não é fácil para o jogador, mas infelizmente eu também faço parte de um contexto do trabalho.

Para não perder velocidade, Leilson ou vander podem ser opções para o lugar de Escudero?
É possível, vamos ver. Eu vou treinar amanhã, como vocês sabem eu não fecho o treino, é possível que vocês tenham ideia do time. O Leilson não, porque está fora, ele teve um problema no ombro, mas nós temos opções aí, vamos ver amanhã.

Por: Cássio Santos (@cassioECV) / tudosovreecvitoria.blogspot.com.br

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