sexta-feira, 6 de setembro de 2013

Coletiva Ney Franco: "Percebo nos jogadores uma vontade enorme de realizar um campeonato Brasileiro jogando em alto nível até a última rodada"



Após o treinamento e definição da equipe que enfrenta o Atlético Mineiro neste sábado, o técnico Ney Franco concedeu a tradicional coletiva antes dos jogos e falou sobre o que fazer para o time voltar a vencer, alterações na equipe, o que chamou mais sua atenção após chegar em Salvador, dificuldades para enfrentar o Atlético-MG, e mais. Confira!




O que fazer para a equipe voltar aos trilhos no campeonato?
Eu vou usar a fala que  tenho com os atletas dentro do vestiário, e agora na nossa primeira sessão de treinamentos mesmo. Eu como treinador estou pegando uma equipe posicionada no meio da tabela, que está mais próximo da zona do rebaixamento, do que a posição que trabalhou grande parte da competição no início, que é dentro do G4. Acho que o desafio nosso é recuperar essa equipe, os resultados positivos que foram feitos não foi por acaso, os jogos que o Vitória ganhou, jogou muito bem. Então não tem porque, dentro da mesma competição cair tanto de desempenho. Essa competição tem um princípio básico, dentro de casa tem que ter vitória, montar a equipe o tempo todo para vencer, logicamente que fora, a gente monta pra vencer também. Não deixar cair o desempenho dentro de casa, como foi o último resultado negativo aqui contra o Criciúma, e fora de casa tem que ter a competência para somar pontos, isso está fazendo um diferencial principalmente na campanha do Vitória nos últimos jogos. Os jogadores estão muito focados, o que me motivou a vir pro clube, além da história, a tradição, é perceber que tem uma equipe qualificada com condições de trabalhar na frente da tabela.


Você chegou e já resolveu fazer algumas alterações. Fabrício foi uma substituição forçada, devido a lesão. Explique a escolha por Marquinhos e Dinei no time titular?
O Fabrício sentiu, teve a contratação do Kadu, é um jogador que existe uma expectativa enorme nossa, para que venha a atender as necessidades técnica do clube, jogar bem. É uma posição que já estava em termos de números, carente. Então o atleta foi contratado pra isso, e coincidentemente, hoje, ainda teve a lesão constatada do Fabrício, que está fora, e ainda não sabemos o tempo de retorno.  A outra mudança é o Dinei, um atacante por outro, com característica diferente. O alemão é um atacante que sai mais da área, e nesse jogo vamos forçar muitas jogadas de linha de fundo, quero ter um atacante de mais referência, e que tem o cabeceio como uma qualidade. Queria com isso também, montar uma equipe mais ofensiva, na utilização do Marquinhos, que é um atleta que eu gosto muito, acompanho desde as categorias de base. Tenho conversado com ele, é um jogador que pode render mais, tem condições de ser um fator de desequilíbrio a nosso favor, principalmente nessa parte ofensiva. Então estou optando por uma equipe mais ofensiva dentro de casa, com condições de fazer uma marcação na saída de bola do adversário, e por isso, essa decisão de tirar um meio campo de marcação(Luís Alberto) e colocar outro de características mais ofensiva (Marquinhos).

O que te chamou mais atenção nesses primeiros dias no Vitória?
Primeiramente a estrutura que o clube dá pra gente desenvolver um bom trabalho, e percebo nos jogadores uma vontade enorme de realizar um campeonato Brasileiro jogando em alto nível até a última rodada. Então isso tudo nos motiva a desenvolver um trabalho, e acho que a referência que a gente tem que ter, são os jogos do início da competição, onde a equipe por méritos teve o artilheiro da competição, o Maxi, que precisa voltar a fazer os gols. Temos uma equipe competitiva, com uma defesa bem postada dentro de campo, da forma como eles foram nas primeiras rodadas do campeonato.

Hoje foi de fato o seu primeiro treinamento coletivo no Vitória, e já de cara vai encarar o atual campeão da Libertadores, o que você pensa sobre isso?
O campeonato Brasileiro, principalmente no segundo turno, tem essa característica. Em alguns momentos você vai enfrentar adversários que estão trabalhando lá na ponta, em busca de títulos ou vaga na Sul Americana, em outros, vamos pegar equipes que estão trabalhando em baixo, para fugir de rebaixamento, e ainda equipes intermediárias, que terão o objetivo do G4. Por exemplo, o Atlético, mesmo tendo assegurado uma vaga para a Libertadores do ano que vem, é uma equipe que tem potencial para trabalhar entro os quatro. É uma equipe que eu conheço bem, disputei a Libertadores pelo São Paulo, e enfrentei o Atlético várias vezes na temporada. É muito qualificada, se não neutralizar alguns jogadores, você está fadado a insucesso. Então é um jogo difícil, mas eu acho que tem que valer o nosso mando de campo. E aproveitar esse momento também, acho que é o momento ideal para o nosso torcedor vir a campo e nos apoiar, por que estamos em uma situação do campeonato que dá para brigar por uma posição dentro do G4 ainda. Eu acho que você ter um trabalho muito bem feito com os jogadores focados no jogo, e ter o seu torcedor do lado é muito importante, então eu queria aproveitar como treinador do Vitória, dizer ao nosso torcedor que está no momento de se juntar, vir a campo, porque podemos fazer do nosso estádio um caldeirão para vencer os nossos jogos, e depois criar uma situação para ter competência pontuando fora de casa.

Você tem alguma preocupação com o Ronaldinho Gaúcho? pediu aos jogadores para que não façam falta perto da área?
O Ronaldo, primeiramente, com a bola em movimento, é um jogador que merece atenção especial em termos de marcação, ele é aquele atleta, que em alguns momentos sai do meio, vai na lateral do campo, pega a bola e enfia para o atacante, então ele precisa ter sempre a marcação encurtada. Estamos definindo, em alguns momentos, quem pega o Ronaldo. E logicamente hoje, eu enfatizei muito o nosso trabalho de escanteio e faltas laterais defensiva, só não deu para intensificar mais, porque vamos ter um jogo amanhã e o campo está pesado. Até pra gente não correr o risco também de forçar o treinamento hoje e amanhã ter um desgaste físico, ou algum problema de lesão. Fizemos um treinamento picado, mas demos prioridade a esse setor defensivo das bolas paradas. Logicamente, um detalhe, é você tentar evitar as faltas principalmente na entrada da área.

O que o torcedor pode esperar dá nova equipe comandada pelo Ney Franco?
Independente do treinador que esteja a frente do Vitória, a forma da equipe jogar, o que faz diferença mesmo é a entrega dos jogadores dentro de campo. E eles estão muito focados, estão querendo fazer um jogo diferente, eles tem a consciência que a equipe vêm de 4 resultados negativos, e sabem que esse três próximos jogos são determinantes para definirmos se vamos para a frente da tabela, ou se vai ficar circulando na zona intermediária. São dois jogos dentro de casa, Atlético e o Náutico, e no meio de semana agora, fora, contra o Internacional. Então estamos fazendo uma meta curta desses três jogos, e o torcedor vai ver dentro de campo uma equipe aguerrida procurando o resultado o tempo todo. tenho certeza que vamos sair daqui, amanhã, com um jogo muito bem jogado, com potencial para enfrentar o Atlético e conseguir uma vitória.

O fato mando de campo, no qual o Vitória só perdeu um jogo, pode ser determinante?
Tem que ser. Todos os clubes que eu trabalhei, quando você estuda a tabela e vê que tem que jogar aqui contra o Vitória, você se prepara muito e sabe que é muito difícil. Então eu hoje trabalhando dentro do Vitória, sei qual o grau de dificuldade de vir jogar aqui, e como as equipes se preparam. Temos que manter o mesmo nível do primeiro turno nos jogos dentro de casa, e o que faltou eu acho, foi realmente o desempenho fora. Se tivermos uma campanha semelhante  dentro, e competência para ganhar alguns jogos fora, vamos trabalhar bem na tabela.

Por: Cássio Santos (@cassioECV) / tudosovreecvitoria.blogspot.com.br

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